Dydha Lyra
Atmosfera de éter,
um quarto em penumbra.
Imagens fantasmagóricas se esboçam,
na mente e na parede;
e ofegantes, irônicas,
por um instante, riem de mim...
E se fantasiam de glicemia, febre,
pressão arterial, arritmia...
invandindo-me os minutos, horas e dias,
como se não me bastasse viver,
ou sonhar com o amanhã...
Levanto-me e espio pelas frestas da janela:
à luz dos meus olhos
uma árvore velha, moribunda,
que como eu, também, insiste em viver.
Seus galhos, semissecos, semivivos,
me ensinam uma grande lição:
dobram-se, quando uma ave pesada pousa
e descansa, aleatoriamente, sobre si,
alçando voo, logo ao alvorecer ...
E o galhinho fraco,
(que não se deixou abater),
volta à sua postura natural.
Entendi, afinal,
que essa dor,
que ora me invade e maltrata,
também logo passará,
tal o passarinho que voou...
E a vida,
qual galho débil,
renovar-se-á,
trazendo-me, com a esperança,
a certeza de novos amanhãs!
Copyright © 2010 by Dydha Lyra
All rights reserved.
Atmosfera de éter,
um quarto em penumbra.
Imagens fantasmagóricas se esboçam,
na mente e na parede;
e ofegantes, irônicas,
por um instante, riem de mim...
E se fantasiam de glicemia, febre,
pressão arterial, arritmia...
invandindo-me os minutos, horas e dias,
como se não me bastasse viver,
ou sonhar com o amanhã...
Levanto-me e espio pelas frestas da janela:
à luz dos meus olhos
uma árvore velha, moribunda,
que como eu, também, insiste em viver.
Seus galhos, semissecos, semivivos,
me ensinam uma grande lição:
dobram-se, quando uma ave pesada pousa
e descansa, aleatoriamente, sobre si,
alçando voo, logo ao alvorecer ...
E o galhinho fraco,
(que não se deixou abater),
volta à sua postura natural.
Entendi, afinal,
que essa dor,
que ora me invade e maltrata,
também logo passará,
tal o passarinho que voou...
E a vida,
qual galho débil,
renovar-se-á,
trazendo-me, com a esperança,
a certeza de novos amanhãs!
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