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domingo, 3 de julho de 2011

INVERNO



Inverno
       Dydha Lyra


De onde vem
esse repentino inverno
que ora invade
minh’alma,
acinzentando
meu céu interior
com densas nuvens
de lembranças?
Esta chuva, movediça,
(escorrendo pela vidraça)  
desenha, aleatoriamente,
silhuetas
nômades... 
...vagando por
destinos ignotos,
esboçados tão somente,
(no mapa egocêntrico do querer)
que conduz a um caminho
íngreme e umbroso,
cuja descolorada
sinalização indica:
dobre à esquerda,
rua solidão;
agora, siga em frente,
parada obrigatória:
o coração.

Copyright © by Dydha Lyra
All rights reserved.
Maceió, inverno,  03/07/2011.

SOLIDÃO DE MIM








Solidão de mim
                Dydha Lyra


Vê nos meus olhos...
e entenderás o que tua ausência me causou.

Tateia minha boca
e sentirás a bulha
( das palavras que calei ).

Por fim,
abraça-me...

...e sentirás todo vazio de mim
na imensidão da sede de afeto,
na plenitude do meu corpo mortificado,

habitado, apenas,
pela solidão castrada
d’uma alma desértica.


Copyright © by Dydha Lyra
All rights reserved.
Maceió, inverno de 03/07/2011