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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

INTRUSA.






Intrusa




Sei do silêncio que existe nas lembranças   
e das imagens pálidas, descoloridas, fugidias...                                          
das memórias anoitecidas...
Sei da solidão que traz o frio da ausência,     
que tece e veste de cinza minha saudade...
Sei de cor a poesia que pra ti,        
juro,   
fiz um dia... 
e nem olhaste,     
tão plena de mim,      
na minha agonia...
Só não sei de ti agora,   
quão indiferente, querida...                                                                          
nestas horas o que fazes em meus versos, 
assim...        
intrusa, insolente,    
descomprometida.

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