A Casa
A casa vestia-se de luz todos os dias,
nas manhãs primaveris do meu despertar,
...era a infância no solar Lajense.
A casa
acalorava-se,
e eu abria a janela azul pro mundo,
e via, nos entardeceres avermelhados,
a luz extenuar-se trazendo as primeiras estrelas fugientes,
...era o verão na minha vida.
A casa envelhentarva-se nas cores e serventias,
e sua umidade prenunciava o deletério existir,
...era o outono inestético,
assimétrico,
apático às emoções.
A casa, agora,
circunscrevia a fragilidade dos anos.
Sob um céu chuvento,
surgiam as primeiras goteiras
desenhando, no piso,
(imagens movediças e fantasmagóricas)
que se animavam ao anoitecer,
e vazavam por seu teto
para se debruçarem na lua minguante, porque a luz
(o calor dos primeiros dias)
acinzentara-se.
E em mim,
fez-se o inevitável
...inverno!
Copyright © 27/11/2011 by Dydha Lyra
All rights reserved.
A casa vestia-se de luz todos os dias,
nas manhãs primaveris do meu despertar,
...era a infância no solar Lajense.
A casa
acalorava-se,
e eu abria a janela azul pro mundo,
e via, nos entardeceres avermelhados,
a luz extenuar-se trazendo as primeiras estrelas fugientes,
...era o verão na minha vida.
A casa envelhentarva-se nas cores e serventias,
e sua umidade prenunciava o deletério existir,
...era o outono inestético,
assimétrico,
apático às emoções.
A casa, agora,
circunscrevia a fragilidade dos anos.
Sob um céu chuvento,
surgiam as primeiras goteiras
desenhando, no piso,
(imagens movediças e fantasmagóricas)
que se animavam ao anoitecer,
e vazavam por seu teto
para se debruçarem na lua minguante, porque a luz
(o calor dos primeiros dias)
acinzentara-se.
E em mim,
fez-se o inevitável
...inverno!
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Maceió, após uma vista a minha casa em São José da Laje/AL
Magistral
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