Maria Bethânia lidera indicações para prêmio de música
Cantora concorre em sete categorias; vencedores serão anunciados em agosto.
O Prêmio da Música Brasileira anunciou ontem a lista de indicados para sua 21ª edição. São 105 nomes, selecionados a partir dos 695 CDs e 103 DVDs inscritos em 16 categorias. A cerimônia de entrega volta ao Theatro Municipal, no Rio, no dia 11 de agosto, com homenagem a Dona Ivone Lara. A categoria voto popular, para melhor cantor e cantora, está de volta à premiação. Com sete indicações, Maria Bethânia lidera a disputa com os álbuns Encanteria e Tua.
Ney Matogrosso teve quatro indicações por Beijo Bandido, seguido de Caetano Veloso (Zii e Zie), Rita Ribeiro (Tecnomacumba a tempo e ao vivo), Zeca Baleiro (O coração do homem-bomba ao vivo mesmo), João Bosco (Não vou pro céu, mas já não vivo no chão) e Zélia Duncan (Pelo sabor do gesto), com três indicações.
Dois CDs concorrem em três categorias: Afro samba jazz - a música de Baden Powell, de Mario Adnet e Phillippe Baden Powel, e Luz da Aurora, de Hamilton de Holanda e Yamandu Costa.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXMúsico alagoano brilha como compositor dos mais fecundos na nova geração do frevo, em Pernambuco.
João Lyra
João Pinheiro de Andrade Lyra Filho nasceu em São José da Lage-AL. Os primeiros passos para a música foram dados com a sua mãe que tocava cavaquinho. Por influencia do seu irmão mais velho, adotou o violão como seu instrumento. Em Maceió fez parte de vários grupos de Música Popular Brasileira e grupos de Rock, tendo porém em sua formação o Choro e a Bossa Nova. Mudou-se para Recife para estudar música na Universidade Federal de Pernambuco, em paralelo, estudou violão clássico com o professor José Carrion. Mais tarde, durante 9 anos, foi professor do Conservatório Pernambucano de Música. Fez parte da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco como músico, arranjador e compositor. Participou em mais de 1000 gravações de discos de artistas locais. Ainda em Recife, fez parte da Camerata Carioca a convite de Mauricio Carrilho ao lado de Joel Nascimento, Luís Otavio, Henrique Cazes, Paulo Sérgio Santos e Beto Cazes em apresentações no Rio de Janeiro e nos EUA. Viajou para o Japão com Elizete Cardoso, Zimbo Trio e Choro Carioca.Gravou um disco ao vivo nos EUA com Joel Nascimento e Sexteto Brasileiro. Durante 6 anos, viajou com Sivuca por toda a Europa e gravou 2 discos do artista, inclusive músicas de sua autoria. O casamento com Sivuca foi perfeito pois sua identificação com a música nordestina é de berço. Em 1993, mudou-se para o Rio de Janeiro onde já fez parte da banda de Nana Caimmy, e tem gravado discos de vários artistas da MPB como Paulo Jobim Gal Costa, Gilberto Gil, Djavan, Ivan Lins, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Aguinaldo Rayol, Erasmo Carlos, Emílio Santiago, Alceu Valença, Caetano Veloso, Chico Buarque, Angela Maria, Alcione, Miltinho, Simoni,Maria Betânia,José Renato,Martinho da Vila,Zeca Pagodinho,Danilo Caimmy,Dory Caimmy,Joana, Raimundo Fagner, Miucha,Olivia Byington,OliviaHime,Francis Hime,Paulo Cezar Pinheiro,Moacy Luz,MPB4,João Bosco,João Nogueira,Luciana Rabello,Lúcia Menezes Roberto Silva,Luis Carlos da Vila,Cristina Buarque,Monarco,Jamelão,Hebe Camargo.Tania Alves,Tim Maia,Ney Matogrosso,Milton Nascimento,Fafá de Belem,Sandra de Sá,Aldir Blanc,Leila Pinheiro,Leny Andrade,Luiz Melodia,Zélia Duncan,Rosa Passos,Zizi Possi,Edu Lobo,Leandro Braga,Dominguinhos,Owaldinho,e tantos outros. Participou de varios Songbook da Gravadora Lumiar.Atualmente tem um duo instrumental com Cristovão Bastos . João Lyra, instrumentista, arranjador e compositor. |
Espaço Cultural FINEP inicia programação 2010
Primeiro evento será série instrumental dedicada ao choro
A programação 2010 do Espaço Cultural FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) iniciará no próximo dia 1º de abril, às 18h30. O primeiro evento programado é a Série Instrumental FINEP, dedicada ao choro, e a apresentação de abertura será com o duo Cristóvão Bastos, no piano, e João Lyra, no violão. Com ingressos gratuitos, os espectadores poderão ver os músicos interpretando obras de Paulinho da Viola, Benedito Lacerda, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim e Nelson Alves, dentre outros.
O músico Cristóvão Bastos recebeu, ao longo de 45 anos de carreira, oito prêmios Sharp, incluindo o de melhor música pela canção Resposta ao Tempo, gravada, em 1998, por Nana Caymmi. Ele já tocou com artistas como Chico Buarque, Aldir Blanc e Paulinho da Viola e já participou de gravações de Edu Lobo, Simone, Gal Costa, Milton Nascimento e outros. Também é autor de trilhas sonoras para o cinema.
João Lyra, por sua vez, participou da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco e da Camerata Carioca. Além disso, integrou as bandas de Elizete Cardoso, Altamiro Carrilho e Sivuca. Atualmente, toca com Nana Caymmi e Fagner.
Como duo, Bastos e Lyra estão em fase de pré-producao de seu primeiro álbum, a ser lançado ainda nesse ano.
Spokfrevo Orquestra – Passo de Anjo
Álbum da aclamada orquestra pernambucana redimensiona o gênero centenário a partir de influências diversas
O Frevo está para o Capibaribe como o Jazz para o Mississipi. A frase de Zé da Flauta, figura de proa da música pernambucana, margeia as intenções de Passo de anjo, primeiro CD da Spokfrevo Orquestra, um dos mais aclamados grupos da nova cena do Recife. Assim como as águas caudalosas do Mississipi irrigaram estilos musicais diversos, desaguando por todo o planeta, o curso do Capibaribe abastece afluentes múltiplos dos ritmos do Nordeste. Dentre eles, talvez o mais freqüentemente associado ao estado de Pernambuco seja o Frevo, que completa um século de existência – e resistência - em 2007.
Formada por 18 músicos, a orquestra surgiu em 1996 nos ensaios do bloco Na pancada do Ganzá, de Antonio Nóbrega, disposta a redimensionar o estilo ao abrir caminho para solos dos instrumentistas - prática típica do Jazz - que o maestro Spok (nome artístico de Inaldo Cavalcanti) classifica de liberdade de expressão: Uma coisa que sempre notei no frevo foi que o músico nunca teve oportunidade de se expressar, limitava-se a tocar o que o compositor escrevia na partitura, declarou Spok ao jornalista José Teles. O frevo é uma música única e diferente de todas, animada e com uma magia especial: a de passar felicidade – sentencia.
O álbum, gravado em 2004 e lançado a princípio de maneira independente, amplia sua visibilidade nacional a partir desta nova edição, via Biscoito Fino. O repertório alia frevos de verdadeiras instituições do gênero – os maestros Clovis Pereira Ponta de lança e Duda Nino, o pernambuquinho, além de Levino Ferreira Lágrima de folião, com participação de Antonio Nóbrega no violino, e “Mexe com tudo, gravada por Pixinguinha na década de 40) -, passando por gênios da música universal do Nordeste como Hermeto Paschoal Nas quebradas e Sivuca Frevo sanfonado, com participação do sanfoneiro Genaro).
Evidenciando que o centenário gênero continua a despejar malemolência e alegria muito além das margens do Capibaribe, há novas composições, de Spok com o guitarrista João Lyra Passo de anjo e Luciano Oliveira Ela me disse, além de um desdobramento cearense do estilo, em Pontapé, do acordeonista Adelson Vianna em outra parceria com João Lyra, e Frevo da Luz, do baterista Luizinho Duarte e do clarinetista Carlinhos Ferreira, com arranjo do grupo Marimbanda, de Fortaleza. Clovis Pereira e Edson Rodrigues são responsáveis respectivamente pelos arranjos de Ponta de lança e Frevo aberto. Os demais ficam a cargo de Spok.
A enxurrada sonora arrancou as seguintes palavras do insuspeito jazzman Luis Fernando Veríssimo, ao assistir uma apresentação do grupo: A poderosa Orquestra Spokfrevo passa de Vassourinha a Chico Science sem deixar cair uma nota. Spok acentua: Sentimos a influência de diversos músicos, mas o importante é que não perdemos a alma. Tocamos mesmo é frevo.
Julio Moura.
Álbum da aclamada orquestra pernambucana redimensiona o gênero centenário a partir de influências diversas
O Frevo está para o Capibaribe como o Jazz para o Mississipi. A frase de Zé da Flauta, figura de proa da música pernambucana, margeia as intenções de Passo de anjo, primeiro CD da Spokfrevo Orquestra, um dos mais aclamados grupos da nova cena do Recife. Assim como as águas caudalosas do Mississipi irrigaram estilos musicais diversos, desaguando por todo o planeta, o curso do Capibaribe abastece afluentes múltiplos dos ritmos do Nordeste. Dentre eles, talvez o mais freqüentemente associado ao estado de Pernambuco seja o Frevo, que completa um século de existência – e resistência - em 2007.
Formada por 18 músicos, a orquestra surgiu em 1996 nos ensaios do bloco Na pancada do Ganzá, de Antonio Nóbrega, disposta a redimensionar o estilo ao abrir caminho para solos dos instrumentistas - prática típica do Jazz - que o maestro Spok (nome artístico de Inaldo Cavalcanti) classifica de liberdade de expressão: Uma coisa que sempre notei no frevo foi que o músico nunca teve oportunidade de se expressar, limitava-se a tocar o que o compositor escrevia na partitura, declarou Spok ao jornalista José Teles. O frevo é uma música única e diferente de todas, animada e com uma magia especial: a de passar felicidade – sentencia.
O álbum, gravado em 2004 e lançado a princípio de maneira independente, amplia sua visibilidade nacional a partir desta nova edição, via Biscoito Fino. O repertório alia frevos de verdadeiras instituições do gênero – os maestros Clovis Pereira Ponta de lança e Duda Nino, o pernambuquinho, além de Levino Ferreira Lágrima de folião, com participação de Antonio Nóbrega no violino, e “Mexe com tudo, gravada por Pixinguinha na década de 40) -, passando por gênios da música universal do Nordeste como Hermeto Paschoal Nas quebradas e Sivuca Frevo sanfonado, com participação do sanfoneiro Genaro).
Evidenciando que o centenário gênero continua a despejar malemolência e alegria muito além das margens do Capibaribe, há novas composições, de Spok com o guitarrista João Lyra Passo de anjo e Luciano Oliveira Ela me disse, além de um desdobramento cearense do estilo, em Pontapé, do acordeonista Adelson Vianna em outra parceria com João Lyra, e Frevo da Luz, do baterista Luizinho Duarte e do clarinetista Carlinhos Ferreira, com arranjo do grupo Marimbanda, de Fortaleza. Clovis Pereira e Edson Rodrigues são responsáveis respectivamente pelos arranjos de Ponta de lança e Frevo aberto. Os demais ficam a cargo de Spok.
A enxurrada sonora arrancou as seguintes palavras do insuspeito jazzman Luis Fernando Veríssimo, ao assistir uma apresentação do grupo: A poderosa Orquestra Spokfrevo passa de Vassourinha a Chico Science sem deixar cair uma nota. Spok acentua: Sentimos a influência de diversos músicos, mas o importante é que não perdemos a alma. Tocamos mesmo é frevo.
Julio Moura.
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